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Cursos Eletivos

Escrita Criativa

De 08/04 a 29/07 

Segundas-feiras – das 16h30 às 18h30 | Carga horária: 32h

A oficina tem como objetivos estimular a criatividade e a produção literária através de leituras pontuais e exercícios práticos; aprimorar a técnica indo de encontro ao estilo de cada um partindo de atividades proporcionem o encontro do aluno com a própria poética, ou, citando a professora Valesca de Assis, uma “arqueologia interior”; criar um ambiente de trocas construtivas contando com discussões em aula acerca dos textos produzidos na oficina.

As aulas serão sempre práticas, amparadas por breves explanações teóricas pertinentes ao tópico a ser desenvolvido em cada encontro. Trabalharemos com textos literários e reflexões de autores consagrados sobre seus processos criativos, buscando assim compreender nossos próprios mecanismos de criação. Os textos produzidos em aula serão idealmente discutidos em coletivo visando o aprimoramento técnico.

BLOCOS TEMÁTICOS:

Bloco 1 – escrevendo o que eu conheço

Bloco 2 – possibilidades criativas

Bloco 3 – construindo atmosferas: cenas, sumários, espaço e tempo

Bloco 4 – ficções curtas

Bloco 5 – escrita livre e leitura crítica construtiva

Orientador:

Andrezza Postay

Andrezza Postay é mestre e doutoranda em Escrita Criativa pela PUCRS. Ministra oficinas, faz traduções e leituras críticas. Trabalha com pesquisas relacionadas a pedagogia da escrita criativa; ficção distópica; narrativas de horror e antropoceno. Participa do grupo de pesquisa Atlas do Antropoceno. É professora convidada nas especializações em Escrita Criativa da PUCRS e da NOVOESTE. Tem contos publicados nas antologias Tudo soma zero (Bestiário, 2020) e Suprassuma 1 (Suma, 2021), entre outros, além de ensaios teóricos e artigos acadêmicos, em breve publicará seu primeiro romance.

BIBLIOGRAFIA:

  • TOKARCZUK, Olga. Escrever é muito perigoso: ensaios e conferências. São Paulo: Todavia, 2023.

  • JAFFE, Noemi. Escrita em movimento: sete princípios do fazer literário. São Paulo: Companhia das Letras, 2023.

  • SAAVEDRA, Carola. O mundo desdobrável: ensaios para depois do fim. Belo Horizonte: Relicário, 2021.

  • DURAS, Marguerite. Escrever. Belo Horizonte: Relicário, 2021.

  • MONTEIRO, Rosa. A ridícula ideia de nunca mais te ver. São Paulo: Todavia, 2019.

  • LEVRERO, Mario. O romance luminoso. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

  • WOOD, James. A coisa mais próxima da vida. São Paulo: Sesi-Sp, 2017.

escrita criativa

Metáforas do conhecimento em Borges, Eco e Calvino

06/05 a 27/05

Quartas-feiras – Horário: das 19h a 21h | Carga horária: 8h

O papel cognitivo das metáforas e seu potencial como recurso argumentativo. Metáforas fundamentais ou conceituais. Relação literatura e filosofia. Metáforas fundamentais do conhecimento:

  • A biblioteca de O Nome da Rosa, de Umberto Eco: o conhecimento como um labirinto fechado.

  • A Biblioteca de Babel , de Jorge Luis Borges, o conhecimento como labirinto aberto.

  • Cidades como metáforas do mundo em Cidades Invisíveis, de Italo Calvino.

PROGRAMA:

I - O papel cognitivo das metáforas e seu potencial como recurso argumentativo.

Sentido literal e metafórico. Analogias e metáforas. Metáforas fundamentais ou conceituais, que estruturam a percepção de um campo. Ilustração com metáforas fundamentais da educação. Aspectos em destaque ou ocultados nas metáforas epistemológicas da contemporaneidade.

II - A biblioteca de O Nome da Rosa, de Umberto Eco: o conhecimento como um labirinto fechado.

Metáforas acopladas ao labirinto: a porta da biblioteca, espelhos, armadilhas. A cegueira de Jorge de Burgos e os óculos de Guilherme de Baskerville. O processo criativo de Eco.

III - A Biblioteca de Babel, de Jorge Luis Borges, o conhecimento como labirinto aberto.

A labirintologia em Borges. Do labirinto fechado ao labirinto aberto: A Biblioteca de Babel como um prenúncio da internet. O deserto como um labirinto em Os Dois Reis e seus Labirintos. Labirintos temporais: O Jardim dos caminhos que se bifurcam.

IV - Cidades como metáforas do mundo em Cidades Invisíveis, de Italo Calvino.

A tensão entre abstração e contingência no tapete da cidade de Eudoxia como modelo do universo e no Arco e as Pedras de uma ponte. A tensão entre o real e os símbolos na cidade de Tamara.

Orientador:

Marcio Silveira Lemgruber

Marcio Silveira Lemgruber é professor aposentado da UFJF, onde se dedicou à formação de professores e à filosofia da educação. Coorganizador do livro Teoria da Argumentação e Educação. Atualmente, dedica-se ao estudo da filosofia da tecnologia, especialmente às metáforas e mitos que lhe são fundantes e suas implicações para a educação.

BIBLIOGRAFIA:

(Em breve)

metáforas do conhecimento
camnhar olhar, sentr e escrever

Caminhar, Olhar, Sentir - e Escrever!

De 11/04 a 06/06

Quintas -feiras –  das 19h às 21h | Carga horária: 16h

A proposta da oficina é não apenas perseguir os princípios da crônica, discuti-los, delimitá-los, mas também “encarná-los”. Nossos exercícios dependerão diretamente de pequenas, mas intensas, caminhadas a que os participantes possam se propor. Delas, cada um arrancará um pequeno naco da realidade para transformá-lo em narrativa. Grudados ao real será possível experimentar um pouco das delícias da crônica, gênero que se baseia no amor à vida.

PROGRAMA:

O exercício da crônica exige disponibilidade, escuta, paciência, espera. Não pode haver nenhuma pressa, nenhuma exigência de prazos, ou limites, nenhum planejamento. Uma crônica não se planeja, se vive. E é só depois de experimentar um olhar e um sentimento inesperados sobre a vida cotidiana que o cronista, enfim, se arrisca a escrever.

 

Duas leituras de referência nos servem de guia. “Sevilha andando”, livro de poemas que João Cabral de Melo Neto lançou em 1990 – inspirado por suas andanças pela capital da Andaluzia durante os dois períodos em que lá serviu como diplomata. E “Andar a pé, uma obrigação profissional”, do repórter – cronista? – Rogério Daflon, publicado pela Ibis Libris, em 2019, livro inspirado nas andanças do repórter Daflon pelas ruas do Rio de Janeiro.

 

A proposta dessa oficina se inspira nesses dois livros, que usaremos como guias de leitura e de inspiração. Guias cuja orientação central, por paradoxo, é não guiar. Sem caminhar muito, sem se entregar à deriva dos dias, sem olhar e sem sentir – sem amarras, sem intenções, sem desejos - ninguém se torna cronista. Pode se tornar um retratista do cotidiano, interessado em hábitos e superfícies, cronista não.

Orientadora:

José Castello

José Castello é escritor e crítico literário, colaborador regular do “Rascunho” e do suplemento “Pernambuco”. Foi colunista semanal do suplemento “Prosa & Verso”, de O Globo, e cronista semanal de O Estado de S. Paulo. Escreveu, entre outros, “O poeta da paixão”, biografia de Vinicius de Moraes, e o “Inventário das Sombras”, reunião de retratos literários que será relançada, em edição ampliada, em 2022.

BIBLIOGRAFIA:

(Em breve)

Introdução à Ilíada

De 03/04 a 24/07

Quartas-feiras –  das 19h às 21h | Carga horária: 32h

Leitura comentada da Ilíada de Homero.  Mito, história e poesia, nos primórdios da literatura ocidental. Fundamentos do gênero épico e procedimentos artísticos do poema.

PROGRAMA:

1.      Homero poeta, historiador e educador

1.1   –  Tempos pré-helênicos, tempos heróicos

1.2   –  A Guerra de Tróia

1.3   – O poema: estrutura e expedientes narrativos

2.      Homero – a Ilíada

2.1   – Antecedentes míticos

2.2   – Personagens e episódios célebres

2.3   – Ação central e episódios

3.      A Ilíada 2.5oo anos depois de Homero

3.1   – Comentários filológicos, literários e artísticos

3.2   – A estrutura invisível ou a desobediência homérica

Orientadora:

Carlinda Pate Nuñez

Carlinda Pate Nuñez é professora Titular de Teoria da Literatura na UERJ desde 2018. Graduou-se em Português-Literatura pela Universidade Santa Úrsula (1976), onde lecionou Grego e Literatura Grega desde o fim da licenciatura até 2002, tendo chegado a Titular dessas disciplinas.  Tem mestrado (1986) e doutorado (1991) em Literatura Comparada pela UFRJ. Fez estágio de Pós-Doutorado na Universidade de Freiburg/Alemanha (março 1996-julho 1997) sobre Mitos Platônicos.  É professora de Teoria da Literatura da UERJ desde 1994, onde exerceu diversas funções, como de coordenadora geral do Programa de Pós-graduação em Letras (2005 e 2006).  Coordenou o Doutorado e o Mestrado em Literatura Comparada em gestões alternadas, entre 2002 e 2014. Escreveu Electra ou uma constelação de sentidos (2000) e organizou mais de uma dezena de revistas e livros acadêmicos. É autora de artigos e capítulos de livros. As áreas em que mais produz são Literatura Grega, Recepção Clássica, Literatura Comparada e Teoria da literatura

BIBLIOGRAFIA:

introdução à íliada

As seis propostas de Ítalo Calvino

De 04/04 a 09/05 

Quintas -feiras –  das 19h às 21h  | Carga horária: 12h

Em 1985, pouco antes de morrer, Ítalo Calvino preparou um ciclo de conferências que iria proferir nos EUA, indicando as virtudes que ele esperava encontrar na literatura do próximo milênio: “Leveza” “Rapidez”, “Exatidão”, “Visibilidade”, “Multiplicidade” e “Consistência” (esta última não chegou a ser escrita). 

Este curso, em 6 aulas, pretende examinar e interpretar as virtudes apontadas por Calvino, e alargar seu raio de referências incluindo aspectos da literatura contemporânea, e de outras formas narrativas.

Orientador:

Bráulio Tavares

Bráulio Tavares é contista, poeta e pesquisador de literatura fantástica. Organizou antologias de Edgar Allan Poe, H.G. Wells, Raymond Chandler e outros autores. Mantém o blog Mundo Fantasmo,onde escreve algumas vezes por semana sobre literatura, cinema e música. Seu livro de contos "A Espinha Dorsal da Memória" (Caminho, 1989) ganhou o Prêmio Caminho de Ficção Científica, e acaba de ser reeditado pela Editora Bandeirola(SP). Seu livro mais recente é "Fanfic" (Ed. Patuá, SP), de contos fantásticos e de ficção científica.

BIBLIOGRAFIA:

(Em breve)

as sei propostas
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