Cursos Eletivos
A leitura do Poema
Dias 05, 12 e 26/04
Quartas-feiras – das 19h às 21h - Carga horária: 06h
Cada encontro será em torno de dois poemas que, de maneira bem distinta, trabalham um tema comum. No primeiro, será revisitado o mito de Iracema. No segundo, as configurações do espaço urbano. No terceiro, as evocações da infância. Textos de Olavo Bilac, Chico Buarque, Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.
Orientadores:
Antônio Carlos Secchin
Poeta, ensaísta e professor emérito da Faculdade de Letras da UFRJ. Doutor em Letras e membro da Academia Brasileira de Letras desde 2004. Entre seus lançamentos mais recentes: Desdizer, poesia reunida (2017); O galo gago (literatura infantil, 2018); Percursos da poesia brasileira, do século XVIII ao XXI (2018, Prêmio da APCA para melhor livro de ensaios publicado no país);João Cabral de ponta a ponta (2020).
Eucanaã Ferraz
Poeta, publicou entre outros, Desassombro (2002, Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional), Sentimental (2012, Prêmio Portugal Telecom de Melhor Livro de Poesia). Seus livros de poemas publicados até 2016, oito ao todo, foram publicados neste ano em um único volume pela casa da Moeda/Imprensa Nacional de Lisboa. Em 2019, publicou Retratos com erro, no Brasil e em Portugal, simultaneamente, com o qual venceu a primeira edição do Prêmio de Poesia Oeiras/PT. Também escreve poesia para criança, com destaque para Palhaço, macaco, passarinho (2010, Prêmio Ofélia Fontes, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, o Melhor Livro para a Criança) e Cada coisa (2016, Prêmio de Melhor Livro de Poesia e de Melhor Projeto editorial pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil). Em 2017, Em cima daquela serra foi escolhido, juntamente com Isto ou aquilo, de Cecília Meireles, pelo Itaú Social para o programa “Leia para uma criança”. Organizou livros de Caetano Veloso, de Vinicius de Moraes e de Sophia de Mello Breyner Andresen. Também é professor de Literatura Brasileira na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atua como consultor de literatura do Instituto Moreira Salles.
Marcos Pasche
Graduado em Português-Literaturas, mestre em Literatura Brasileira e doutor em Literatura Brasileira pela UFRJ. É professor de Literatura Brasileira na UFRRJ, campus Seropédica, e crítico literário. De sua autoria, publicou De pedra e de carne (2012) e Cláudio Manuel da Costa, Série Essencial (2014). Organizou os volumes Melhores crônicas de Maria Julieta Drummond de Andrade (2012), Hoje é dia de hoje em dia: literatura brasileira da primeira década do século XXI (2013, com Leonardo Barros Medeiros), Crítica literária na sala de aula: caderno de resenhas (2022) e Anatomias da meia-palavra: ensaios sobre a obra de José Paulo Paes (2022, com Henrique Duarte Neto). Pela UFRRJ, coordena o projeto de extensão Remição de Pena Pela Leitura, que, em parceria com a UniRio, atua em unidades prisionais do Complexo do Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e da cidade de Japeri, na Baixada Fluminense.
Introdução à Odisséia
06/04 a 22/06
Quintas-feiras – Horário: de 16h30 a 18h30 - Carga horária: 24h
Ementa em breve
Programa:
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Em breve
Orientadora:
Profa. Carlinda Pate Nuñez
Em breve
Bibliografia Básica
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Em breve
Personagens Clássicos da Literatura infantil e juvenil
Dias 10, 17 e 24/05
Quartas -feiras – das 19h30 às 21h30 | Carga horária: 6h
Alguns personagens ficaram mais famosos que os títulos das obras e seus criadores. Chapeuzinho Vermelho, Lobo, Alice, Pinóquio, Píppi Meialonga, Harry Potter... e ainda Emilia, Visconde, Tia Nastácia, Pluft, Bolsa Amarela, Bruxinha, Dona Sofia.
O que representam no contexto social e político quando nasceram? Por que continuam tão vivos? Quais os seus traços subjetivos? Por que provocam identificações? Eles são atemporais e, muitas vezes, carregam expressões universais.
Venha conhecer essa turma de personagens (e outros mais) em um curso de 3 aulas sobre a literatura para as infâncias.
Orientadora:
Ninfa Parreiras
Escritora de obras literárias para crianças e jovens e de livros de ensaios. Mestre em Literatura Comparada (USP), graduada em Letras e Psicologia (PUC-Rio), especialista da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil por muitos anos, pesquisadora da Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga.
Oceanos - Oficina de Meditação, escrita e leitura
De 06/09 a 25/10
Quartas -feiras – das 19h às 21h | Carga horária: 8h
Na oficina "Oceanos: Meditação, escrita e leitura", brincaremos com textos autorais de cada pessoa integrante, a partir da sugestão de David Lynch (cineasta) de que "ideias são como peixes. Se quiser pescar peixes pequenos, pode ficar na água rasa. Mas se quiser pescar o peixe grande, precisará ir mais fundo. No fundo, os peixes são mais poderosos e mais puros. São enormes e abstratos. E eles são muito bonitos."
Mergulharemos, cada um em si, para buscar as mais puras e belas histórias – "a escrita" – e então compartilhá-las em um território de afeto, com pessoas que serão tocadas por sentimentos transmitidos nas palavras – "a leitura". Rumi nos ensinou: somos um oceano inteiro em uma gota. Vamos escrever e ler esses oceanos. Vamos viver essa experiência.
Programa do curso:
No dia a dia, interpretamos mensagens e nos expressamos por meio de sinais variados. Todos somos escritores e leitores. E nessa lida, podemos transformar mundos, viver afetos, curar feridas e realizar sonhos através de textos. Uma história começa na imaginação – ou na realidade – de uma pessoa e se prolonga até a imaginação de muitas outras; ela pode ser escrita, pode ser falada, mas não deve ser calada.
Em 8 encontros com duração de duas horas cada, no início, pescaremos peixes grandes em uma prática de meditação. Em um segundo momento, provocaremos a criatividade para que ela entre em ação na escrita, o registro da história que será resgatada. No terceiro momento, compartilharemos as histórias, que são escritas para serem lidas: (ou)vidas.
Esta é uma oficina para todas as pessoas que sentem esse impulso de entrega, de escuta, de vivência. O único pré-requisito é ter abertura. Ou seja, participe! Mesmo que para você essas práticas sejam novidades ou pouco exploradas. Cresceremos em comunhão!
Orientadora:
Bhuvi Libanio
Formada em Letras pela UFMG, com mestrado em Estudos Latino-Americanos (Literatura) e especialização em Estudos de Mulheres (Estudos de Gênero), pela Ohio University, e formação em Direitos Humanos pela UEMG. Suas tarefas profissionais incluem, há mais de vinte anos, traduções inglês/português, versões português/inglês e traduções espanhol/português. Há mais de dez anos é colaboradora de editoras brasileiras, além de prestar serviço para autores independentes. Como professora e instrutora de linguagens, atuou em espaços desde o ensino fundamental à pós-graduação e a oficinas, sempre fundamentada em uma pedagogia para a liberdade com foco na construção do pensamento crítico e de uma ética do Amor e educação para igualdade de gênero. Como convidada, já participou de encontros e rodas de conversa focados em educação, sociedade e gênero. Publicou o ensaio "The Autonomous Sex" (Lambert Academic Publishing, 2010), o romance "A história de Carmen Rodrigues" (Ser Mais, 2014), a coletânea de contos "17" (Quintal Edições, 2018) e textos diversos (contos, crônicas e dramaturgia) em antologias. Seu mais recente trabalho é o romance de suspense "O segredo da carne", publicado pela Kindle. É roteirista do curta-metragem Parênteses. Bhuvi é sannyasin, dedicada aos estudos sobre espiritualidade e à meditação.
Oficina de perfis literários
De 14/09 a 05/10
Quintas -feiras – das 19h às 21h | Carga horária: 8h
Assim como a crônica, também o retrato literário é um gênero que tem um pé no jornalismo, outro na ficção. O que é um retrato? Ao contrário da biografia, que pretende contar tudo a respeito de alguém, desde o nascimento até a morte, o retrato é menos ambicioso e mais humilde: seu projeto é o de oferecer um olhar particular, uma perspectiva pessoal do personagem escolhido. Justamente porque não tem nem a pretensão, nem a obrigação de “contar tudo” – princípio sagrado das biografias – o retrato se aproxima um tanto da ficção. Não porque nele a verdade seja inventada, ou distorcida, mas porque, em sua elaboração, operam, de forma decisiva, a liberdade, o gosto e as escolhas íntimas de seu autor. Todo retrato é, um pouco também, o autorretrato de quem o escreve.
Programa do curso:
“Desde cedo, escrevi muitos retratos para a imprensa. Mas foi em 1999 que, ao publicar o Inventário das Sombras, eu os retrabalhei em forma de livro. Ano passado, a editora Record lançou uma reedição ampliada do Inventário, confirmando que o retrato tem seu séquito apaixonado e fiel de leitores” José Castello
Tendo como base o livro Inventário das Sombras trabalharemos os seguintes assuntos:
Aula 1: Em que medida sou também personagem do retrato que escrevo? O caso do retrato de Manoel de Barros.
Aula 2: Por que ter medo do retrato? O caso do retrato de Clarice Lispector
Aula 3: Por onde começar um retrato? O caso de Alain Robbe Grillet
Aula 4: Até onde devo ir e onde devo parar? O caso de João Antonio
Orientador:
José Castello
Escritor e crítico literário, colaborador regular do “Rascunho” e do suplemento “Pernambuco”. Foi colunista semanal do suplemento “Prosa & Verso”, de O Globo, e cronista semanal de O Estado de S. Paulo. Escreveu, entre outros, “O poeta da paixão”, biografia de Vinicius de Moraes, e o “Inventário das Sombras”, reunião de retratos literários que será relançada, em edição ampliada, em 2022.
Quatro Vezes Hilda Hilst
De 20/09 a 10/10
Terças-feiras – das 16h30 às 18h30 | Carga horária: 8h
Hilda Hilst (1930/2004) é uma presença expressiva na literatura brasileira. Com uma obra ampla, diversificada e apaixonada, durante décadas ela escreveu e publicou, procurando ultrapassar limites e enfrentar desafios. Em vida, queixava-se que não era lida. Hoje cresce o interesse pelo seu trabalho, em teses e estudos acadêmicos e tem leitores de várias faixas etárias. Este curso pretende focar as principais vertentes de sua escrita. Na primeira aula, teremos a biografia, poemas de amor e erotismo. Na segunda, poemas sobre a morte, a indesejada desejada. Na terceira, os meandros sobre o sagrado, com a temática de Deus e da transcendência. Na quarta, escritos em prosa (romances, contos e a dramaturgia).
Orientador:
Elias Fajardo
Jornalista, escritor, roteirista e artista visual. Há mais de 50 anos escreve resenhas e matérias sobre literatura para revistas e jornais. Tem realizado oficinas de criação literária no Instituto Estação das Letras. Tem 15 livros publicados de ficção, poesia, meio ambiente e jornalismo. Autor dos romances “Ser tão menino” (2011), “Aventuras de Rapaz”(2013) e “Belo como um abismo” (2014), finalista do Prêmio Jabuti 2015 e de “poemas do vai e vem” ( 2016) e “por assim dizer” (2018). Seu último livro publicado foi “Carona é uma coisa muito íntima” (2020). Todos pela 7Letras.